A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou, na sexta-feira (30), que a bandeira tarifária vermelha estará em vigor no mês de junho, implicando cobrança extra nas contas de energia elétrica em todo o país. A decisão se deve à redução do volume de chuvas e às condições desfavoráveis dos reservatórios, fatores que impactam diretamente a geração de energia.
Com a mudança, será aplicada uma cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Atualmente, está em vigor a bandeira amarela, cujo valor extra é inferior.
A medida valerá para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN), que abrange a maior parte do país.
Em nota, a Aneel explicou que a decisão foi motivada pelas condições hidrológicas desfavoráveis.
“Diante do cenário de afluências abaixo da média em todo o país indicado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), projeta-se uma redução da geração hidrelétrica em relação ao mês anterior, com um aumento nos custos de geração devido à necessidade de acionamento de fontes de energia mais onerosas, como as usinas termoelétricas”, informou a agência reguladora.
O diretor-geral da Aneel, Sandoval de Araújo Feitosa Neto, já havia sinalizado ao longo da semana que a adoção da bandeira vermelha poderia ocorrer em breve, em função da queda no nível dos reservatórios e do aumento dos custos para garantir o suprimento de energia.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para sinalizar ao consumidor as condições de geração de energia no país. Quando a oferta está mais restrita ou cara, como agora, bandeiras mais elevadas são acionadas, com cobranças adicionais.
A Aneel recomenda que os consumidores adotem medidas de economia de energia, especialmente neste período, para reduzir o impacto do aumento nas contas.
Fonte: Mais Região